quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sites de namoro para deficientes e portadores de doenças eliminam barreiras


      Sites de namoro para deficientes e portadores de doenças eliminam barreiras
Publicada em 28/12/2010 às 17h38m
Do 'The New York Times'

   NOVA YORK - Sherry Nevius, de 52 anos, solteira, está à procura de um companheiro com todos os adjetivos importantes - atencioso, sincero, inteligente, engraçado. Ah, e mais uma coisa: que seja portador de alguma deficiência.

Embora tenha nascido com paralisia cerebral e use uma cadeira de rodas, Sherry é independente. Vai onde quer - mas deseja encontrar um namorado que possa andar por aí de cadeira de rodas ao seu lado.

- Assim, nós estaremos em condição de igualdade - disse ela.

Sherry já teve vários encontros agradáveis com homens não deficientes, mas nenhum deles parecia disposto a começar um relacionamento sério com uma cadeirante.

- Acho que eles se assustam por não saber como me tratar - disse Sherry, que mora em Normal, Illinois, cidade com poucos homens solteiros na sua faixa etária, quanto mais caras que se sintam confortáveis com sua deficiência.

- É muito difícil encontrar alguém com interesses parecidos - afirmou. - Precisar de alguém que não se importe com a sua deficiência só torna a tarefa mais difícil.

Assim, há alguns meses, Sherry passou a procurar seu par perfeito na internet.

Vários sites de encontros para solteiros com problemas de saúde surgiram nos últimos anos. Sherry se cadastrou no Dating 4 Disabled , voltado para deficientes de diversos tipos, inclusive quem sofre de paralisia e esclerose múltipla. Há outras páginas do gênero, como o NoLongerLonely , para portadores de doenças mentais, e POZ Personal , para soropositivos.

Esses sites são geralmente pequenos e gerenciados por uma só pessoa ou por um pequeno grupo. Todos são gratuitos, embora alguns exibam anúncios para cobrir os custos.

Michael T. Maurer, de 57 anos, professor de psicologia aplicada na Universidade de Nova York, descobriu o POZ Personals quando pesquisava para um trabalho. Para Maurer, trata-se de uma comunidade acolhedora, onde fica mais fácil conhecer alguém.

- Como gay criado em Bucks County, Pensilvânia, pensei que seria mais fácil arranjar encontros em Nova York, mas descobri que não é - disse o professor.

Para Maurer, a pior parte nos seus encontros era a ansiedade em torno do momento de revelar que é portador do HIV. Conhecer alguém em uma comunidade on-line de pessoas soropositivas permite relacionamentos sem essa tensão.

- Aqui, todos sabem que você tem HIV - disse ele. - Isso põe a barreira da revelação para escanteio logo no início do relacionamento.

Outro site, o Prescription4Love , tem comunidades dedicadas a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), deficiências físicas, diabetes e até Mal de Parkinson. O site foi criado por Ricky Durham, cujo falecido irmão sofria da doença de Crohn, que atinge o intestino e não tem cura.

- Ele era um rapaz bonito - disse Durham. - Mas quando se diz a uma menina que você tem uma bolsa de colostomia? No primeiro encontro? No terceiro? Nunca é legal dizer isso.

Detalhes embaraçosos que acompanham as doença podem ser discutidos de forma franca e aberta em um espaço on-line em que cada um está lidando com algo fora do comum.

- Sexualidade, viagens, mobilidade, dor: tudo assume uma dimensão diferente - disse Merryl Kaplan, responsável pelo gerenciamento dos     membros do site Dating 4 Disabled.

O anonimato da internet permite às pessoas serem diretas e honestas sobre o que elas realmente procuram em uma companheira. Entre os quase 12 mil membros do Dating 4 Disabled, por exemplo, muitos especificam os tipos de deficiência com os quais estariam dispostos a lidar em um relacionamento longo.

- Como qualquer pessoa, as pessoas com deficiência têm suas preferências - disse Kaplan. - Alguém com boa capacidade motora pode preferir alguém na mesma condição. Há também os membros do site que não exigem um tipo específico.

Quanto à Sherry, o homem dos seus sonhos pode ter paralisia ou ser cego, mas há uma condição: ele tem que gostar de animais.

- Meu cachorro e eu formamos um só pacote - brinca ela.

   Fonte: O Globo.
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Equipe ACERGS – Associação de Cegos do Rio Grande do Sul

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